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segunda-feira, 28 de março de 2011

Audi TTS explica a fórmula da adrenalina


Segundo consta nos livros de ciência, a adrenalina é um hormônio simpaticomimético (que altera o sistema nervoso) secretado pelas glândulas supra-renais. Em momentos de “stress”, o órgão dispara a substância no organismo, preparando o corpo para grandes esforços. As principais alterações são o aumento do ritmo cardíaco e a redução do fluxo sanguíneo no sistema digestivo. Para entender melhor o assunto tivemos algumas “aulas práticas” com o novo Audi TTS.

Falamos da versão intermediária da linha TT, que na série de entrada já é um furioso animal com 211 cv. Com o “S” adicional no nome, a fera da Audi em forma de cupê parece ter algum distúrbio hormonal. O motor 2.0 TFSI do TTS é o mesmo do “TTzinho”, mas com ajustes no turbo e no sistema de injeção direta de combustível que elevaram sua potência para selvagens 272 cv. Embora a cavalaria não seja algo tão excepcional, é bom deixá-lo preso na coleira.


Centenas de cavalos de potência não são mais a prioridade no desenvolvimento de carros esportivos. Mais do que isso, os modelos de última geração têm de ser leves. O TTS, que tem a estrutura chassi e demais componentes da lataria fabricados de alumínio, pesa apenas 1.442 kg. Essa característica lhe rende uma relação peso-potência de 5,3 cv/kg. É como se um cavalo de corrida carregasse apenas um saco de arroz na sela. Será que esse Audi é forte?

Ele é tão forte e acelera tão rápido que foi preciso instalar até um aerofólio móvel na traseira. Acima dos 120 km/h a pequena asa salta da tampa do porta-malas, aumentando a pressão aerodinâmica na traseira, dando ainda estabilidade ao carro enquanto sua velocidade sobe. Para melhorar nas arrancadas, o TTS traz o Launch Control, sistema que prepara o motor e câmbio para uma aceleração vigorosa mais uniforme. O aparelho deixa o carro tão equilibrado que os pneus nem chegam a cantar durante uma disparada.

Chuva de hormônio

Enquanto o motor turbo bebe gasolina, as glândulas supra-renais vão aumentando a dose de adrenalina no corpo a medida que o acelerador é cada vez mais pressionado. Simples assim. Para andar com o TTS comportado é preciso dirigir com muita calma. Qualquer pisada com mais força no pedal e o carro já ameaça dar um bote. Segundo a Audi, ele vai do 0 aos 100 km/h em 5,2 segundos e atinge 250 km/h. Não duvide, o modelo realmente alcança essa velocidade. Chegar aos 200 km/h com esse carro é tão natural que é preciso estar sempre atento ao velocímetro na estrada, caso contrário não vai faltar multas por excesso de velocidade passando por debaixo da porta.

O motor do TTS também apresenta uma boa faixa de torque: 35,6 kgfm entre 2.500 rpm e 5.000 rpm. Essa característica é ainda melhor aproveitada pelo câmbio S-Tronic de 6 velocidades e com de dupla embreagem. Com esse equipamento, a transmissão efetua as trocas de marcha em apenas 2 décimos de segundo, aproveitando ao máximo a força dos 272 cv.

Como todo Audi digno da letra S, o TT esportivo também tem tração integral Quattro. Com esse recurso o carro ganha uma capacidade de aderência e estabilidade que nenhum veículo tracionado apenas na frente ou atrás consegue reproduzir. A diferença é percebida principalmente nas curvas contornadas em alta velocidade, quando o modelo não esboça sinal algum de deslizamento de alguns dos eixos. É como andar em trilhos. Outra benesse dessa máquina é o sistema Magnetic Ride, que varia a rigidez dos amortecedores por meio da manipulação de campos magnéticos.

Esse moderno item de suspensão pode atuar automaticamente ou por comando do motorista. O resultado é percebido na forma como o carro responde as imperfeiçoes do solo. No modo "Sport", por exemplo, o amortecimento é limitado para aumentar a estabilidade do veículo. Mas fique longe dos buracos. O TTS, definitivamente, não foi feito para encará-los. Ao passar com as rodas sobre alguma cratera urbana um forte estalo no amortecedor pode ser ouvido. O equipamento ainda tem as funções "Confort" e "Normal".

Feito para o prazer

Como se demonstrasse não querer parar de divertir seu dono, o TTS é um carro péssimo de ser estacionado. O grau de esterço do volante é pequeno e o modelo, que mede 1,84 metro de largura, ainda vem com largos pneus calçados nas rodas aro 18”. Mas essa será a menor das preocupações de quem comprar um desses, que tem preço tabelado em R$ 283.750 (o TT-S Roadster custa R$ 299.000). Ele ao menos tem sensor de estacionamento.

A cabine, embora esboce ter espaço para quatro ocupantes, na realidade leva apenas o motorista e o passageiro ao lado. Viajar nos pequenos assentos na traseira desse cupê é complicado até mesmo para uma criança. Diferente dos ocupantes na frente, que podem regular seus bancos concha por meio de controles eletrônicos e têm acesso fácil a todas as funções do veículo no painel. O acabamento também é impecável. O painel mistura borracha com detalhes de alumínio, enquanto leds iluminam o interior no escuro.

Já o motorista tem um volante e tanto para conduzir o TTS. Nesse carro, a direção tem a base reta como a do superesportivo R8 e borboletas na parte de trás para trocas de marcha ao estilo Fórmula 1. O componente também inclui os comandos de áudio e telefone celular. E quer saber mais? O modelo está longe de ser um carro beberrão: roda em média 12,3 km/l de gasolina (de preferência podium). Para ficar ainda mais interessante, o porta-malas carrega bons 290 litros de bagagem (se baixar os “micro-bancos” traseiros ele leva até 700 l).

Preocupado com as doses excessivas de adrenalina que seu corpo receberá caso você compre um TTS? Não se preocupe, com o tempo seu organismo aprenderá a controlar melhor as descargas do hormônio radical, o que diminuirá a incidência de baixa circulação sanguínea no sistema digestivo, o conhecido frio na barriga.
Fonte: iGcarros

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