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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Audi A7 é o estado atual da arte



Analistas comprovam que quanto mais elevado o nível do consumidor, maior ainda é sua preferência por artigos conservadores. Seu carro, por exemplo, pode ser um Mercedes-Benz Classe S e sua mansão não precisa ter a assinatura de um arquiteto famosa, embora boa sua conta bancária permita. Eles têm mais de 45 anos e já estão com a vida ganha faz tempo. Mas abaixo dessa classe, ou até mesmo já inserida nela, vem uma leva de “novos ricos” que valoriza o luxo, mas não se encanta plenamente com o clássico. Esse cara quer algo novo.





Nesse caso, seu automóvel (ou mais um deles) pode ser o Audi A7 Sportback. Lançado com pompa no Salão de Paris em 2010, o modelo é mais um exemplar do segmento dos “cupês quatro portas", o estilo da moda entre os novos ricos. No caso do novo modelo da Audi, a sua carroceria é grande, ficando acima de carros como VW Passat CC ou o próprio A5. Porém, não tem a fleuma de um Porsche Panamera ou um Aston Martin Rapide. Seu rival ideal é o Mercedes-Benz CLS, pioneiro do ramo, alias.



Visto de frente, o A7, por ser baixo, remete imediatamente a cara de mau do R8. Vê-lo no retrovisor é uma visão e tanto, a propósito. Quando o carro passa, fica evidente o formato cupê bem delineado da carroceria, com a característica coluna C caindo suavemente até o final na traseira. Nessa parte, os desenhistas da Audi concluíram o desenho com um ângulo negativo, um detalhe que ficou famoso em carros de luxo clássicos do passado, como eram, comparando, clássicos como Jaguar E-Type e o Ford GT40.





Obviamente é caro para um brasileiro comum: custa R$ 323.900 e isso é só o começo. A Audi oferece o modelo no país com duas opções de sistema de som: Boose (R$ 8.500) ou Bang & Olufsen (R$ 36.000!). Disposto a pagar mais? Acrescente então o “Pacote Brasil” de equipamentos de segurança por R$ 20.000. Esse kit contém itens como detector de pedestres por sensor térmico e o controle de velocidade com assistência de radar. “O A7 é o estado da arte atual no mundo dos carros em design e tecnologia. Ele combina o acabamento do A8 com o porte do A6, só que com estilo próprio”, apontou Paulo Sergio Kakinoff, presidente da Audi para o mercado nacional, durante a apresentação do carro para a imprensa.



Desfile de mecânica avançada



A Audi atualmente é conhecida pela alta tecnologia de seus componentes mecânicos, que permitem desempenho esportivo com eficiência em consumo. O A7, claro, vem com tudo que a marca tem de mais moderno na área. O motor é o já conhecido 3.0 V6 TFSI presente em tantos carros da marca, como o A6 e até no jipão Q7. A sigla que acompanha a litragem do bloco, para quem não sabe, indica que o propulsor possui turbocompressor e sistema de injeção direta de combustível, que aproveita ao máximo a energia da gasolina na queima.



De acordo com a Audi, o motor gera 300 cavalos de potência em 5.250 rpm e 44,8 rpm entre 2.900 rpm e 4.500, faixa ideal para ter força disponível praticamente a todo momento. A administração da força fica a cargo do câmbio S-Tronic, outro “velho” conhecido nos carros da Audi. Ele tem 7 velocidades, dupla embreagem e tração integral quattro.



Apesar de possuir as duas embreagens, as trocas de marcha no A7 não são tão rápidas como as de um TT ou A3, que também contam com o mesmo recurso. Isso no caso é uma preocupação com conforto. Se fosse mais rápido, a carroceria poderia acabar balançando além do ideal. Ainda assim, a transmissão é muito superior a câmbios apenas automático.



Com todo esse aparato não é de se estranhar que o A7 seja um automóvel formidável de conduzir. A baixa velocidade, o modelo (com os vidros fechados) demonstra seu isolamento acústico primoroso com o silêncio quase que absoluto. Ao pisar fundo no acelerador o motor mostra a força de seus 300 cv com um berro metálico acompanhado do ganho de muita velocidade em pouco tempo. Segundo a marca, o modelo vai do 0 aos 100 km/h em 5,6 segundos e pode continuar acelerando até os 250 km/h, velocidade máxima limitada.



A dirigibilidade, embora o carro tenha quase 5 metros de comprimento e pese 1.770 (vazio), é tão agradável quanto a de um modelo esporte compacto da Audi. Em velocidades mais elevadas, a sensação de segurança aumenta por conta da suspensão regulável – modos Confort, Dynamic e Individua –, que o torna muito estável nas curvas, e pelos largos pneus na medida 255/40 R19. Os freios contam com assistência eletrônica, como ABS e ESP, e impressiona pelo tamanho dos discos frontais. São do mesmo tamanho de uma roda 14”.



Já a cabine é ampla, mas leva com conforto pleno somente 4 ocupantes. Um quinto passageiro no banco traseiro é atrapalhado pelo túnel da transmissão que corre na parte central do carro. Logo ao dar a partida, uma tela de LCD de 12” (a maior do segmento) salta do painel e indica uma série de funções do carro. Os bancos também têm recursos de tecnológicos: as laterais do encosto e o assento inflam, deixando o corpo mais firme na posição. Já o espaço para as cabeças de quem viaja atrás é muito bom para um cupê, assim como o porta-malas com 535 litros de capacidade.



Vanguarda ou clássico?



O comprador do A7 tem cacife para decidir entre diferentes opções no segmento de alto luxo. “Um cupê comunica uma imagem jovial, algo que os compradores de nosso carro querem transmitir. Vão contra o conservadorismo”, afirmou Kakinoff. Quem escolher o veículo pela beleza da “caixa” fará um negócio, pois o “recheio” é tão interessante quanto.

Fonte: iGCarros

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