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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Audi quer voltar aos bons tempos com o A1


Ficou mais fácil comprar um Audi, por mais que seja um pequeno como o A1, o “carrinho” da marca, que finalmente chegou ao mercado brasileiro. Sai da loja com preços a partir de R$ 89.900 e tem tanta disposição e recursos quanto um A8, a “nave” de Ingolstadt. O problema (ou não) é o tamanho: mede meros 3,95 metros de comprimento, contra 5,13 m do sedanzão, que aliás custa R$ 505.000. Mais próximo da sua realidade? A intenção dos alemães é essa mesma: construir ao redor do veículo uma nova imagem. Em outras palavras: vai vender a bastante. “O plano é emplacar mais de 300 unidades por mês”, afirmou Paulo Sergio Kakinoff, presidente da Audi no Brasil, durante o lançamento do novo grande carro da marca. Só para se ter uma ideia, isso é mais que o volume de todos os outros modelos dela juntos.


E o A1 agrada tanto que deve assustar os vendedores de MINI Cooper, principal rival do “Audinho” por aqui. Além de ser um projeto atual (o MINI já tem 8 anos), o modelo tem motorização de ponta (a do Cooper é apenas comum), conforto (ao menos para duas pessoas) e, acima de tudo, muito estilo. É o carro que as mulheres podem chamar de “bonitinho” e os homens de “carrão”. Dá na mesma, agrada já de olhar. E de acelerar, então?


Anda demais, essa é a resposta. É um carro que passa dos 180 km/h tranquilamente (a máxima é 203 km/h), assim como qualquer outro Audi - pena que não seja permitido como nas Autobahns alemãs. A força vem do pequeno motor 1.4 TFSI, um mito entre os propulsores de baixa cilindrada. Esse motorzinho, que gera 122 cv e 20,3 kgfm de torque (entre 1.500 rpm a 4.000), já é considerado há três anos seguidos o melhor do mundo em sua categoria. Mas não é só pela velocidade, ele também tem um consumo extremamente baixo para os padrões aos quais estamos acostumados: 15 km/l na cidade e mais de 20 km/l na estrada.

O segredo

O motor do A1 tem tudo que a Audi já fez de mais moderno nesse campo. Une o fôlego extra do turbocompressor com a precisão na utilização do combustível com o sistema de injeção direta. A transmissão também é digna de troféu. O modelo traz a caixa S-Tronic com 7 (!) velocidades e a tão eficiente dupla embreagem. Esse componente proporciona trocas de marchas tão rápidas que tornam a aceleração praticamente contínua, com perda mínima de potência entre uma mudança e outra. Logo, gasta-se menos combustível mais uma vez. Por outro lado, o câmbio oferece uma ótima dirigibilidade ao carro, que pode ser guiado tanto no modo automático ou manual por meio das borboletas atrás do volante ou pela alavanca no console. A propósito, o A8 também tem esses recursos.

A sensação de dirigi-lo pode agradar diferentes públicos, desde os mais calmos aos de sangue quente. Se pisar fundo no acelerador, o A1 canta pneu e parte com vigor de carro grande (0 a 100 km/h em 8,9 segundos) e tem um comportamento muito instigante se provocado em estradas vicinais. Na rodovia é um “gigante”. Estável, silencioso, e novamente econômico: a 120 km/h em 7ª marcha na pista plana o motor não passa dos 2.500 rpm. Enquanto isso o marcador de consumo instantâneo se delicia com médias acima de 22 km/l. Porém, por se tratar de um automóvel com “paladar” mais apurado, o mais indicado é abastecê-lo somente com gasolina podium.

Aperto no estilo

O pessoal da Audi certamente quebrou a cabeça para criar o interior do A1, mas fez um belo trabalho. Limitados a uma estreito entre-eixo de apenas 2,46 metros, cabe ao carro a função de transportar duas pessoas sem problemas ou quatro com problemas. Um adulto até cabe no banco traseiro, mas encarar uma viagem São Paulo-Florianópolis naquele assento não deve ser nada bom. Por outro lado, motorista e passageiro podem continuar estrada a frente tranquilamente. Para ajudar, já vem com ar-condicionado, bem eficiente por sinal, e sistema de som Audi Multimidia, o que inclui navegador GPS (a tela salta do painel), aparelho de som e Bluetooth para conexão com celular. No entanto, não há streaming para transmissão de dados. O A8 e o rádio da Volkswagen para o Gol têm.

O desenho geral do painel e a ergonomia do A1 já adianta um pouco das próximas gerações dos carros da Audi. As saídas de ar, por exemplo, são redondas e possuem um novo tipo de botão para abertura do ventilador. Controles de som e de ar-condicionado também são diferentes dos modelos atuais da marca, mas já apareceram no conceito do novo A3 em Genebra, que será lançado apenas em 2014. Moderninho esse carro, não? E tem mais. O volante multifuncional possui os mesmos comandos do A7, assim como o desenho mais atual, mas os bancos (com regulagem manual de altura) são de tecido na versão de entrada.

Na rua todo mundo para o que está fazendo para olhar o A1, ainda mais se for um modelo vermelho. Mas o detalhe mais curioso é o “arco” que acompanha o desenho do carro de uma ponta a outra. Essa parte, aliás, pode ser personalizada “à la Mini Cooper” com diferentes cores. Na frente os típicos faróis com leds e xenônio e o desenho que dão ao modelo uma cara de “bravinho”. Já o desenho da traseira segue traços mais parecidos com o da dupla Q3 e Q5, com as lanternas com desenho triangular. É um carro que os designers chamariam de “bem resolvido”.

Por fim, o A1 também traz uma boa lista de itens de segurança. Além de “triviais” airbags frontais e freios ABS, o novo Audi também conta com bolsas infláveis laterais (tipo cortina e lateral para proteção do tórax) e controle eletrônico de estabilidade (ESP), que pode ser desligado. Já a lista de itens opcionais para o lançamento inclui itens como o teto solar panorâmico e sistema de som da Bose.

Meu primeiro Audi

Depois do A1 inicia-se a classe dos carros de R$ 100.000, onde estão os demais veículos da Audi no Brasil e outra realidade financeira. R$ 89.900 pode ser considerado uma extravagância plausível para um cidadão de situação financeira confortável, mas não com cacife suficiente para um passo mais ousado. O fato é: o lançamento da Audi traz um belíssimo conjunto mecânico e o visual (e status) que só os carros premium têm. Seja ele um A1 ou um A8.
fonte: iGCarros

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