Hoje é dia 10 de março, faltam 297 dias para acabar este ano bissexto e faz exatos cinco dias que não consigo tirar uma coisa da cabeça: o ronco do Audi RS3. Considerado pela marca alemã o carro compacto mais rápido do mundo, a versão superesportiva do A3 faz jus a este título. Ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,6 segundos (experimente contar isso. É realmente rápido). Sem contar o motor 2.5 turbo, feito em ferro fundido de grafite vermicular. Sabe o que isso significa? Não importa! O que importa de verdade é o efeito dos 340 cv e os 45,9 kgfm de torque gerados por ele.
A verdade é a seguinte: pense em um carro capaz de lhe proporcionar momentos de alegrias extremas, com uma resposta rápida e um som inesquecível; mas que, ao mesmo tempo, pode levar você ao trabalho, tem espaço para as malas de viagem (370 litros) e também para as crianças. O RS3 é um esportivo nato, no entanto por trás de toda essa impulsividade, está um pai de família que só quer um pouco de liberdade nos finais de semana.
Claro que ele cobra bem caro por isso. Para pilotar esta belezinha é preciso desembolsar R$ 299.000 e dar sorte de conseguir uma das poucas 30 unidades trazidas pela Audi em 2012. Nesta faixa de preço é possível comprar um dos maiores rivais do RS3: o BMW Série 1 M (R$268.500). Outras opções seriam o Subaru Impreza WRX STi, por exemplo, que custa R$ 220.000 ou um MINI John Cooper Works Cabrio por R$ 150.950. Em todas as opções citadas, ainda sobra um troco para a gasolina (acredite, em todos os casos você vai precisar).
Audi RS3, o anormal
Um carro que pode te levar aos 100 km/h em menos de 5 segundos com apenas metade do acelerador pressionado não pode ser tratado como “normal”. É totalmente o contrário, o RS3 não é normal. É impossível acomodar-se naqueles bancos concha (de série), ajustar a altura e distância do assento e do volante (tudo manual) e não querer “chinelar”. Até a pessoa mais controlada sentiria um frio na barriga e uma vontade incontrolável de ver até onde este hatch vai.
Na Audi as coisas funcionam desta maneira: usando o A3 como exemplo, ele seria o modelo “civil” da linha, depois viria o S3 com seus 256 cv e alguns apetrechos esportivos e, por fim, o RS3, um carro totalmente preparado para as pistas. Já diriam as suspensões (inclusive independente na traseira) que, em conjunto com as rodas de 19 polegadas, transformam o habitáculo num liquidificador a cada buraco.
Mesmo assim, o RS3 vai bem nas rotas urbanas. Segundo a marca alemã, ele roda em média de 11 km por litro de combustível (ele gosta de gasolina podium). Isso, graças a seus 1.575 kg, ao câmbio automático DSG de 7 marchas e dupla embreagem e ao bom desempenho do bloco com sistema de injeção direta de gasolina, mesmo em baixas rotações. Porém, um erro na concepção do modelo é a direção com variação elétrica. Mesmo rodando a velocidade elevadas, ela continua permissiva demais, deixando bastante trabalho para a tração integral quattro e o controle de estabilidade (ESP).
Botão da alegria
A verdadeira graça do RS3 está em três pequenas ações que podem ser feitas de dentro da cabine. A primeira é colocar a alavanca do câmbio DSG no modo “Sport”. Nesta configuração, as marchas são alongadas e a exigência do motor aumenta, sem falar na possibilidade de utilizar as borboletas atrás do volante para trocas de marcha. O segundo passo é apertar o botão “S” no painel. Com ele, todo o carro muda, ele fica menos dócil e o som do escapamento torna-se irreconhecível.
Para finalizar, basta estar em um local apropriado, desligar o controle de estabilidade, pressionar o pedal do freio com o pé esquerdo e pisar fundo no acelerador. A rotação para entre 3.000 e 4.000 rpm e o launch control (controle de largada) está pronto. É só segurar firme o volante, tirar o pé do freio e bater a nuca no encosto de cabeça. É a forma mais rápida e divertida de buscar as crianças na escola ou pegar um pãozinho na padaria.
Fonte: iGCarros
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